A inteligência de dados, especialmente no ambiente de investigações para segurança pública, privada ou fiscalização, é um tema que, além de sensível, possui importância ímpar no processo de tomada de decisão das instituições.
Do ponto de vista dos dados, que além de volumosos são também multitemáticos, a dificuldade se amplia quando há a necessidade de correlacionar todos eles em uma mesma investigação.
Ou seja, trabalhar com dados tabulares, bancos de dados relacionais e não relacionais, imagens, textos, planilhas, arquivos de texto, e muito mais, torna o trabalho dos analistas cada vez mais desafiador.
Vivemos hoje na era do big data, aonde o volume de dados disponível é cada vez mais desafiador para os investigadores. E mais do que isso, vivemos em uma era em que a quantidade de sistemas especialistas está também crescendo em grande velocidade.
Análise de vínculos, BI, dashboards, análise georreferenciada, triangulação de antenas de celular, mineração de dados, análise financeira, análise telefônica, análise fiscal, forense digital, reconhecimento facial, bases de dados, big data, data warehouse e inteligência artificial são somente alguns dos temas que fazem parte do dia a dia dos analistas em todo o mundo e que possui pelo menos uma ferramenta disponível para tratar de cada um deles.
Em suma, o que antes era “apenas” um problema (os dados), se multiplicou, pois cada uma dessas ferramentas exige conhecimento e curva de aprendizado diferentes, é desenvolvida sob perspectiva analítica e com tecnologia diferentes, possui interatividade e metodologia de trabalho diferentes, e se propõe a resolver apenas um ou outro dos problemas.
Sob essa perspectiva, o que se vê atualmente são analistas e instituições imersas em um complexo mar de dados e softwares, em meio a um grande arquipélago de ferramentas que se comportam como ilhas analíticas, pois estão muito afastadas umas das outras.
No fim das contas, o desafio atual que continua sendo o de solucionar crimes, está também em criar pontes de integração entre as diferentes ferramentas que foram adquiridas pelas instituições, o que em geral é um desafio muito grande em meio a metodologias, estruturas de dados e tecnologias diferentes, somadas à pressão para a obtenção de resultados mais rápidos e precisos, mas que tomam tempo significativo e preciso das equipes de investigação.
Todo esse cenário sugere então que o universo analítico necessita de soluções que vão além da análise de dados, mas também proporcionem uma fluidez dos processos quando a análise precisa ser realizada com uma multiplicidade de dados com temas amplos, o que chamaremos de Plataformas de Inteligência de Dados.
O que é uma Plataforma de Inteligência de Dados?
Uma Plataforma de Inteligência de Dados é uma solução tecnológica composta por um conjunto de ferramentas que estejam integradas em um único ambiente, falando uma mesma linguagem, e que possuam aplicação para integração, análise, gestão e colaboração de dados multitemáticas.
O objetivo de uma Plataforma de Inteligência de Dados é concentrar todo o trabalho de investigação em um único ambiente, com ferramentas que padronizam as informações, possibilitam fluidez na troca de ambiente analítico, e mantém o analista concentrado no que é mais importante, a geração de inteligência a partir de dados.
Um exemplo disso é o Caseboard, da 4Sec Global, uma Plataforma de Inteligência de Dados composta por mais de 20 ferramentas que abrangem uma grande parte de todo o ambiente investigativo.
A plataforma é composta pelas mais tradicionais ferramentas analíticas, como análise de vínculos, mapas, gráficos e dashboards, análise de padrões temporais e banco de dados de inteligência nativo.
Além disso, integra nativamente ferramentas para reconhecimento facial, reconhecimento de voz, transcrição de áudio, reconhecimento de impressões digitais e análise de sentimentos e textos, que agregam uma interpretação de dados de biometria para as investigações.
Do ponto de vista de forense digital, permite a leitura, cruzamento e análise de extrações de dados de múltiplos celulares simultaneamente, indexação de arquivos obtidos em apreensão de dispositivos digitais, e tudo integrado com as demais ferramentas.
A plataforma ainda permite a integração direta com bases de dados locais, APIs e web services, fontes de dados de mercado para enriquecimento de dados e OSINT, Simba e relatórios de sensores táticos, como os IMSI Catchers, o que torna a abrangência da plataforma ainda mais ampla.
Além disso, conta com um poderoso gestor de casos, que permite às equipes desenharem seus fluxos de trabalho, organizar suas tarefas, prazos, equipes e analistas, documentos e dados produzidos durante as investigações.
Uma ferramenta de colaboração permite compartilhar dados com parceiros estratégicos e solicitar de forma segura informações relevantes para as investigações.
Em resumo, o que se propõe quando se fala de uma Plataforma de Inteligência de Dados é a construção de um ambiente onde equipes possam trabalhar em conjunto e que os dados fluam e se complementem naturalmente entre as mais diversas temáticas que compõem o complexo processo de analisar dados no âmbito da segurança pública, privada, fiscalização e combate ao crime organizado.
E o objetivo final de tudo isso é proporcionar confiança, agilidade e eficiência na obtenção, tratamento, análise, gestão e colaboração de dados em ambientes investigativos, simplificando o processo com a disponibilização de um ambiente único e integrado.
